quinta-feira, 14 de julho de 2011

EDITORIAL: Por que é tão difícil Planejar Estrategicamente Municipalmente?


Planejar é a arte de elaborar o plano de um processo de mudança.
Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados de modo a possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e ações necessárias, e tudo o mais  decorrente no sentido de tornar possível alcançar os objetivos e metas desejados e nele preestabelecidos.
Já o ser “Estratégico” e “Pensar Estrategicamente” seria adotar uma postura empreendedora mediante o uso consciente e articulado da pro – atividade, do network político e social, bem como de uma capacitação integrada e continuada refletindo, diuturnamente, sobre os complexos dilemas do setor público.
Entretanto, para tudo isso acontecer necessita-se envolvimento e comprometimento com persistência, pois os “gargalos” não são facilmente transponíveis e exige muito espírito de equipe e de propósitos, sem esquecer da infaltável capacidade de governo (governabilidade).
A área de Planejamento envolve uma ou várias Mudanças de Contexto / Mudança de Estratégia, ou seja, sair de uma “situação atual” para uma “desejada” conquistada na dialética dos debates com ações práticas e responsáveis em sua operacionalidade.
Não basta sermos “bons administradores” são necessárias, além do mais, ações integradas e articuladas com diversos setores sociais para “credibilizar” democraticamente as conquistas coletivas.
Os “problemas e dilemas” advindos das inúmeras “demandas sociais” são por demais complexos no seu atendimento e a “maquina pública” é limitada em sua capacidade de suprir ou atender tamanha procura.
Daí, surge uma curiosa pergunta: por que há tanta vontade assim de se pleitear por inúmeros candidatos ao cargo de Prefeito se na verdade, trata-se de um “grande abacaxi” a ser descascado todo santo dia na busca imprecisa de atender o clamor popular? É como se candidatar a uma baita úlcera gástrica.

Quando se aprofunda no conhecimento das reais limitações e da freqüente impotência administrativa percebemos os frágeis laços de “governança” em relação ao cumprimento do “Estado mínimo” preconizado pela Constituição Federal por mais recursos públicos disponíveis.
É no ínterim desta analise que surge o “asco” da política (diga-se, politicagem”), ou seja, os verdadeiros “balcões de negócios” donde se troca “direitos” (fisiologismo) por “favores” (clientelismo) numa ânsia incontrolável pela perpetualidade no poder.
Fato este bem notado, quando percebermos nos pleitos eleitorais o repetir das mesmas figuras políticas no país com uma taxa mínima de renovação dos parlamentares.
Portanto, minha gente, quando irá acabar isso não sabemos, mas como alívio e esperança a nós meros eleitores algumas iniciativas de ação popular estão sendo tomadas (Ficha Limpa, Transparência, Conscientização do Eleitor, etc.) no sentido de moralizar a forma como somos representados diante de tantas impunibilidades orquestradas nos porões dos bastidores do poder.
Enfim, é esperarmos para vê e, quem sabe, assistirmos esta transformação da cultura apolítica dos nossos politiqueiros de plantão e de fato fazer valer os engavetados “planejamentos estratégicos” sem os inomináveis “vícios do poder”. Amém. 
Por
Dr. Allan Marcio 
 
Portal Controle Social

Nenhum comentário: