O fim do monopólio das transmissões do Campeonato Brasileiro foi definido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no ano passado

 Em entrevista exclusiva à ESPN Brasil, nesta quinta-feira, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, criticou o racha que está acontecendo no Clube dos 13 antes mesmo das propostas feitas pelas emissoras de TV pelos direitos de transmissão do Brasileirão no triênio 2012-2014. Um dos membros da comissão que organizou o edital para a concorrência entre Globo, Record e RedeTV!, o dirigente mineiro acredita que os clubes insatisfeitos com o processo estão fazendo um mal ao futebol brasileiro.

"São R$ 3,9 bilhões em três anos, reclamar agora é no minimo curioso. Tivemos meses e meses de discussão, porque foi em abril a eleição, até março deste ano. Eu não sou tão idiota assim, e nenhum outro presidente de clube é idiota, parto deste princípio", afirmou Kalil. O fim do monopólio das transmissões do Campeonato Brasileiro foi definido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no ano passado. Até então, a Globo tinha a prerrogativa de conhecer as propostas concorrentes e igualá-las ou superá-las.

"O Cade está sendo estuprado, mais do que isso: o povo do futebol está sendo estuprado", disparou o presidente do Atlético-MG. "Nós colocamos uma vantagem para ela (Globo), grande. Eu não deixo ninguém subjulgar minha pouca inteligência, mas são R$ 20 ou 30 milhões de diferença, não fale em R$ 200, 300 milhões. Vamos raciocinar linearmente. Estamos aqui em um jogo de dinheiro."

O Clube dos 13 definiu um ágil de 10% a favor da TV Globo com relação às propostas que devem ser apresentadas por Record e RedeTV. Ou seja: se uma emissora oferecer R5 550 milhões e a Globo oferecer R$ 500 milhões, a emissora carioca seguirá com os direitos de transmissão do Brasileiro.