quarta-feira, 13 de julho de 2011

brasileiro gasta até 30% de modo desnecessário

Em razão da falta de educação financeira disseminada no Brasil, a tendência atual é de continuidade do avanço da inadimplência.
A avaliação é do educador financeiro Reinaldo Domingos, do Instituto Dsop, de São Paulo. Na última segunda, o Serasa Experian informou que a taxa de inadimplência atingiu 22,3% no primeiro semestre deste ano, a maior nos últimos 10 anos. Para o especialista, que lançou este ano o livro Livre-se das Dívidas - Como Equilibrar as Contas e Sair da Inadimplência, o brasileiro “tem entre 2% e 30% de gastos desnecessários em todos os tipos de despesas”, frisou.
Para Reinaldo Domingos, o crescimento da Economia fez muitas famílias brasileiras passarem a comprar “o que nunca desejaram nem necessitaram ter”.
Este processo, contínua o educador financeiro, é resultado principalmente das facilidades de acesso ao crédito e a publicidade divulgando cada vez mais os produtos. O educador financeiro destaca ainda o aumento de 13,7% da demanda pessoal de créditos no primeiro semestre.
“Se você faz uma dívida consciente, com controle, sabendo que vai pagar parcelas e juros, tudo bem. Mas o endividamento sem controle é o que está causando inadimplência”, adverte. “Estamos caminhando a passos largos para que cada vez maior endividamento de pessoas e famílias”.
Em Livre-se das Dívidas..., Domingos apresenta um modelo de retomada do controle financeiro em 10 orientações: Fazer um diagnóstico financeiro anualmente; ter no mínimo três sonhos (curto, médio e longo prazos); elaborar um orçamento financeiro mensal; poupar mensalmente parte do que ganha para os sonhos; gastar menos do que ganha; ter limites de cartão de crédito inferiores a seus rendimentos; não usar cheque especial, se possível nem ter; manter reservas para situações emergenciais; distinguir o que é essencial do supérfluo; e comprar sempre à vista e com desconto. Conforme o professor, educação financeira tem menos a ver com cálculos e matemática e mais com psicologia, hábitos de consumo.  
Tribuna da Bahia
 

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