sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Koff culpa presidente da CBF e executivo da Globo por racha no Clube dos 13

Koff diz que falta de transparência não é problema no Clube dos 13

Dirigente diz a jornal que dupla está por trás da rebelião de Corinthians e cariocas

O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, culpou a CBF e a TV Globo pelo racha que atingiu a entidade no início desta semana por causa da negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o dirigente disse o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o executivo-chefe da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, incitaram a “rebelião” que levou à saída de Corinthians e Coritiba e ao anúncio dos quatro grandes cariocas (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) de que pretendem negociar os direitos de TV de forma independente.

- Essa ruptura é coisa do Ricardo e do Marcelo. Eles são vizinhos de sítio e tramam tudo nos churrascos que fazem.

Koff também acusou a dupla de tentar “matar” os clubes pequenos, por meio de um contrato de transmissão da Série B que deixou de lado a FBA, empresa que representava os participantes do torneio.

- O Marcelo e a CBF imploriram a FBA e fizeram um contrato de adesão da Série B. Os clubes fecharam por R$ 30 milhões até 2016, quando poderemos chegar a R$ 1 bilhão por ano. Isso é inaceitável, os clubes menores vão morrer. Vão matar o futebol.

Koff faz outras acusações ao presidente da CBF e ao executivo da Globo ao falar sobre a eleição no Clube dos 13, quando foi reeleito contra Kléber Leite, candidato apoiado pelos dois.

- Juro que não queria mais uma reeleição, mas, quando vi a armação para eleger o Kléber Leite, sem nenhuma conversa comigo, até meus filhos e minha mulher, que não queriam mais que eu ficasse, acharam que eu tinha de ir para a luta. E eles compraram votos, empréstimo para um, adiantamento para outro, mas não passaram de oito votos porque nós também trabalhamos sem descanso.

Falhas
Na entrevista, Koff também admite erros ao longo de sua trajetória como presidente do Clube dos 13, como ter aceitado a chefia da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1998, ma França, ou falhado ao formar a Liga dos Clubes, objetivo inicial do grupo.

A polêmica Copa União de 1987, vencida pelo Flamengo e hoje reconhecida pela CBF como Campeonato Brasileiro, foi um embrião da ideia, logo encampada pela entidade máximo do futebol nacional.

- Não me senti forte, respaldado o suficiente. O temor em relação a retaliações da CBF é grande. Só me resta lutar até o fim. Se cair, cair de pé. Quem sabe não lanço agora a Liga?

Koff também se defendeu das acusações feitas pelo presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que havia reclamado da falta de transparência nas contas do Clube dos 13 e da forma inadequada como as negociações do novo contrato de televisão estavam sendo conduzidas.

- Ele está cansado de saber que ganho, líquido, R$ 52 mil, mais dinheiro que vi em toda minha vida de juiz, é verdade, mas salário a que faço jus e que, por iniciativa minha, é menor do que deveria ser. Se prevalecesse a porcentagem sobre o contrato com a TV, seria muitíssimo maior, poderia chegar a R$ 5 milhões por ano, o que evidentemente seria um exagero.

Outro lado
A Folha de S. Paulo publica que a assessoria de imprensa da CBF avisou que vai responder as críticas apenas na justiça, enquanto Marcelo Campos Pinto preferiu comentar as declarações do adversário com um ataque direto, embora também tenha prometido levar o caso aos tribunais

- Somente posso atribuir o seu comportamento à atitude de uma pessoa de idade avançada, que nos últimos tempos vem dando demonstrações públicas de um total desequilibro emocional.(R7)

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